Com 700 famílias afetadas, Rio Branco pode ter 3 mil atingidos se rio subir para 15 metros

O coordenador municipal da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o Rio Acre pode atingir a marca de 15 metros até o fim de semana, agravando a situação das famílias afetadas pela alagação. A declaração foi dada durante visita ao Parque de Exposições Wildy Viana, onde a prefeitura já iniciou a mobilização para receber desalojados.
Segundo Falcão, a cheia já impacta 700 famílias na cidade, com 18 delas abrigadas sob assistência da Secretaria Municipal de Assistência Social. Caso o nível do rio alcance os 15 metros previstos, esse número pode crescer para aproximadamente 3 mil famílias, incluindo tanto a zona urbana quanto a rural.
“Nesse momento, nós temos cerca de 700 famílias atingidas. Nós já temos 18 famílias em abrigos, assistidas pela Secretaria de Ascensão Social do município, da mesma maneira que todas as secretarias estão envolvidas. A partir de 15 metros, esse número aumenta, nós teremos pelo menos, vai passar em torno de 3 mil famílias atingidas. Isso eu estou colocando tanto a parte urbana quanto a parte rural, e vai progressivamente aumentando à medida que o rio for aumentando, podendo chegar a um número bem maior. Mas agora, até o final de semana, a previsão que nós temos, como eu disse anteriormente, seria de que o rio pode alcançar 15 metros. Nesse instante, ele está com 14,37, está bem próximo disso, e nós temos dois volumes de água para chegar ainda na noite de quinta-feira e na noite de sexta-feira. Dessa maneira, com certeza, o rio deve aumentar e alcançar essa marca, e é por isso que estamos todos mobilizados, não apenas de agora, mas desde a cota de atenção, que é 12 metros, fazendo todas as providências que o protocolo recomenda, e daí para frente a gente vai atendendo todas as famílias”, pontuou.
Falcão também explicou que, atualmente, a cidade opera cinco abrigos oficiais, sendo quatro em escolas e um no Parque de Exposições. No entanto, para evitar prejuízos ao ano letivo, todas as famílias abrigadas em escolas serão transferidas para o Parque de Exposições nos próximos dias.
“Na realidade, nós trabalhamos com cinco abrigos: são quatro escolas e aqui o Parque de Exposições. Dessas quatro escolas, duas estão ocupadas, ativas, e duas não estavam e nem estão. A partir de agora, nós já vamos trazer todas as famílias aqui para o Parque de Exposições, com a anuência e a assistência do prefeito Bocalom, para que a gente possa desocupar as escolas e devolvê-las para a Secretaria de Educação Municipal, para que não haja prejuízo do ano letivo”, argumentou.
Apesar da medida, o coordenador alertou que, caso a enchente continue evoluindo, a interrupção das aulas pode ser inevitável. Segundo ele, a mobilização para a transferência dos atingidos já foi iniciada.
“Mesmo assim, é bom frisar que tanto o secretário e vice-prefeito Alysson Bestene quanto o secretário Aberson Carvalho estão cientes de que, se o desastre evoluir, mesmo sem escolas ocupadas, pode ser que haja uma interrupção no ano letivo. Mas não é, de maneira nenhuma, a nossa intenção fazer qualquer coisa, só a natureza. É por isso que já estamos viabilizando a desmobilização das escolas, trazendo e centralizando todo mundo aqui no parque, que tem capacidade para até 5 mil pessoas. Essa mobilização já começou, na realidade, a gente está só executando agora. E agora, para chegar a todas as famílias que estão fazendo os chamados, ele vai trazer direto para cá”, encerrou.
Fonte: Ac24horas