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Fevereiro deve ser marcado por aumento de chuvas e temporais no Acre, diz professor da Ufac

Após um janeiro atípico e com baixos índices pluviométricos, a previsão para fevereiro no Acre, especialmente em Rio Branco, indica um aumento significativo no volume de chuvas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No mês passado, a capital registrou apenas 122 milímetros de precipitação, um número bem abaixo da média esperada para o período.

Os dados apontam pra um provável aumento/Foto: Reprodução

O meteorologista e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Rafael Delgado, explicou, em entrevista ao site Agazeta.net, que o primeiro mês do ano teve um comportamento climático semelhante ao verão, registrado entre julho e setembro na região. “O mês de janeiro foi um mês muito atípico para as questões climáticas, principalmente em termos de pluviometria. As precipitações ficaram muito abaixo do valor normal climatológico. Então foi um mês muito quente, muito parecido com o nosso verão, que nós temos em julho até setembro”, destacou.

Já para fevereiro, os modelos meteorológicos indicam chuvas acima da média, com um aumento entre 40% e 50% no volume esperado, especialmente em áreas próximas a Rio Branco, no Rio Acre e no Rio Juruá. Segundo Delgado, a atuação de uma massa de ar quente e seca vinda da Argentina e do Paraguai pode intensificar a ocorrência de tempestades. “Depois do meio-dia, duas, quatro horas da tarde, começam a formar nuvens, nuvens convectivas. Isso vai facilitar talvez as precipitações locais, mas de grande volume”, explicou.

O meteorologista também ressaltou a importância do investimento em estações de monitoramento climático e fluviométrico para aprimorar as previsões meteorológicas no estado. Ele citou a necessidade de ampliar a rede de medição, sugerindo a instalação de novas estações em pontos estratégicos.

“Se nós tivermos quatro estações, vamos colocar uma estação em Assis Brasil, uma estação em Xapuri, uma estação em Capixaba e uma estação em Rio Branco. E isso já facilitaria muito, inclusive, a previsão de cheias e a previsão de monitoramento de manchas de água”, afirmou.

Atualmente, o Acre conta com poucas estações de referência, como a instalada na Ufac, em Rio Branco. A ampliação dessas estruturas permitiria um acompanhamento mais preciso dos níveis dos rios e da velocidade da água, contribuindo para a previsão de enchentes e eventos climáticos extremos.




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