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Mulher agredida por proprietário de site relata momentos de pânico vividos pelo casal

A enfermeira Gleidianny Guedes, vítima de espancamento pelo próprio companheiro, James Silva, dono de um site de notícias local, relatou como tudo aconteceu na tarde do último sábado (25), quando ele foi preso e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).

Dono de site de notícias local é preso por violência doméstica em Rio Branco. Foto: ContilNet

A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) devido às agressões.

Ela expôs os acontecimentos em um grupo de WhatsApp com amigos e conhecidos do casal. De acordo com o desabafo, as agressões já haviam ocorrido outras vezes. Gleidianny afirmou ter perdoado o jornalista anteriormente, acreditando em uma mudança, mas desta vez ele teria tentado matá-la, o que a levou a buscar ajuda.

Durante o relato no grupo, a enfermeira contou que foi salva pelos vizinhos; caso contrário, teria sido morta pelo agressor. “Ele quebrou a cadeira na minha cabeça. Não foi briga; ele quis tirar minha vida. Ninguém podia me ajudar, ele trancou a casa”, declarou em várias mensagens.

Após ser atendida pelo Samu, Gleidianny foi encaminhada à delegacia, onde registrou a queixa. James Silva foi preso em casa por uma guarnição da Polícia Militar. Durante o atendimento à vítima, testemunhas relataram que o agressor gritava dizendo que ela tinha problemas psicológicos e que deveria ser levada ao Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac).

Após os procedimentos na delegacia, a vítima compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito.

Em entrevista ao site O Seringal, Gleidianny relatou os momentos de violência:

“Ele só me batia quando bebia muito. Nesse sábado foi a gota d’água. Ficou bravo porque eu disse que ia para a casa da minha mãe. Decidi sair porque sabia que tudo ia se repetir de novo. Ele sempre foi muito agressivo, e, quando bebia, a situação era ainda pior. Sempre foi grosso e violento. Ontem, foi além de tudo o que já tinha acontecido antes. Achei que ele ia me matar de verdade.

Ele estava muito embriagado, tomou meu celular, a chave e o controle do portão. Escondeu tudo. Pedi para ir para a casa da minha mãe, mas ele pegou uma cadeira e bateu na minha cabeça. Tentei me defender com as mãos, e ele começou a bater minha cabeça na grade de ferro.

Os vizinhos ficaram desesperados, pedindo que ele parasse, mas ele não parava. Ele queria que eu fosse para o quarto. Foi quando achei que ele realmente ia me matar. Ele mesmo chamou a polícia e o Samu, querendo dizer que eu estava em crise de loucura.

Os policiais, ao chegarem, viram que isso não era verdade. Eu estava toda machucada, com hematomas. Eles me perguntaram se eu queria prestar queixa, e eu disse que sim. Foi então que ele (James) foi levado preso, e eu relatei tudo na Delegacia da Mulher”.

Ainda na noite de sábado, a Justiça do Acre expediu uma medida protetiva em favor da vítima, garantindo sua segurança após as agressões.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que deverá apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis.



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