Antes e depois: vídeo mostra como paisagem do Acre mudou com o cenário crítico de fumaça
Um vídeo publicado pelo biólogo e PhD em Ecologia, Luiz Henrique Borges, mostrou o cenário caótico do Acre em decorrência da seca extrema e das fumaças.
Nas imagens aéreas, é possível ver as paisagens de Jordão, interior do estado, completamente tomadas pela fumaça, em uma diferença de poucos dia.
Imagens aéreas mostram a situação caótica no interior do Acre/Foto: Reprodução
“Eu bem que gostaria de compartilhar imagens das sinuosas curvas do rio Tarauacá, como de costume, nesta viagem rumo ao Jordão, mas a paisagem mudou drasticamente em apenas três meses. O verde vibrante e o marrom terroso da Amazônia deram lugar ao cinza opaco da fumaça. A visibilidade foi tomada. O que antes era vasto e profundo, agora se perdeu em um véu sufocante”, escreveu.
Segundo ele, em menos de três meses, junho e julho de 2024, a região mudou completamente.
“A fumaça encobre tudo, e mesmo a uma altitude de 600 a 900 pés, a profundidade da Amazônia desapareceu. E agora, enquanto adentramos o mês crítico, nos perguntamos: o que será daqui para frente?”, questionou.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que entre os dias 01 a 31 de agosto, o Acre registrou 1997 focos de queimadas. O número foi 43% maior que no ano passado, quando o Acre registrou 1388 focos de incêndios florestais neste mesmo período.
A seca de 2024 já foi considerada a maior de toda a história do Acre e pode ser prolongado até o mês de outubro, segundo a Defesa Civil Estadual. Além das queimadas, a seca dos rios também impactam diretamente na saúde da população acreana, com baixa umidade do ar e fumaça.
O biólogo lembra ainda que por conta do fenômeno El Niño, que impede as chuvas e a recuperação dos rios, a situação se agravou.
“Enquanto isso, o arco do desmatamento segue firme, com taxas de queimadas criminosas e ilegais, especialmente na região da AMACRO”, completou.
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