BLOG DO TON: Na política, o tempo é o melhor remédio — e o trabalho, a melhor resposta
Foto: Redes sociais
Algumas das reviravoltas da política acreana são possíveis graças ao fator tempo. É ele que separa os meninos dos homens. Nas eleições de 2020, por exemplo, Sérgio Petecão (PSD-AC) saiu como forte candidato ao governo, por emplacar seu candidato a prefeito na capital acreana. Mal sabia ele que se prepararia para a maior vergonha da sua vida política. Na mesma eleição, Gladson Cameli era apontado como aquele que acuminaria uma série de vexames. Saiu dessa eleição com vitória garantida no primeiro turno.
E nestas eleições, pelo menos três casos chamam atenção: o primeiro, claramente, o de Tião Bocalom. O prefeito sobreviveu a uma crise de imagem, briga na Câmara e uma série de percalços, para chegar aqui como o único candidato a crescer nas pesquisas, e rivalizando com seu opositor, ex-prefeito Marcus Alexandre. O segundo caso, Zequinha Lima. Ele ainda está longe de bater de igual para igual com a potente a Jessica Sales, mas quem acompanha o cenário por ali, sabe que o prefeito cresceu. Se a curva continuar ascendente, pode ter final feliz.
E um caso ainda mais curioso, e digno de ser estudado: Rosana Gomes, em Senador Guiomard. A prefeita sofreu com problemas dos mandatos passados, dívidas milionárias contraídas pela prefeitura e chegou, ano passado, a ser apontada por uma pesquisa como uma das prefeitas menos populares do Acre. Ela não baixou a cabeça. Arregaçou as mangas, continuou resolvendo os problemas da cidade, sanou problemas pontuais — como a divulgação das ações da gestão — e experimentou uma virada quase que 360°.
Nos três casos, nada melhor como o tempo para colocar coisas nos seus devidos lugares. E como resposta, não haveria nada melhor que o trabalho.
CAPIXABA — Quem vem galgando de mansinho sua empreitada à reeleição é o prefeito Manoel Maia, de Capixaba. Um homem sério, honesto, quase que uma versão introspectiva do prefeito Bocalom. Merece mais uma chance para continuar cuidando daquela cidade.
PRIMEIRA VEZ — Pela primeira vez, o instituto Delta trouxe à tona o resultado — na capital — das espontâneas, quando o leitor não vota sob influência de questionários. Ficou impossível esconder.
OS FATOS COMO SÃO — Os tucanos não são o único ninho que pensam em trilhar outros caminhos, que não o de seguir Alysson Bestene e Gladson rumo a Bocalom. Mas são, hoje, os únicos que falam em candidatura de prefeito própria. O que acaba caracterizando eles como os mais insubordinados. E isso não é uma conclusão desta santa coluna, são os fatos como eles são.
SÓ UM SINAL — Um vizinho da Tenda Amarela procurou esta santa coluna para dizer o que, na verdade, já vem sido levantado a tempos neste espaço. Jurou de pés juntos que uma possível imposição do nome de Marfisa, por parte de Petecão, pode ser só um sinal para recuar. Aguardemos.
NÃO CONTE — O problema vai ser se Marcus aceitar um nome do partido. O nome de Jesuita Arruda, por exemplo, foi muito bem recebido por uns cabeças brancas na sede do glorioso. Eduardo Ribeiro também é muito bem recebido, assim como o de sua mamãe, a medica Dilza Ribeiro. “Mas Petecão quer Marfisa”, disse uma afoita fonte. Então tá. Se alguém souber o final dessa história, não conte. Nem todo mundo gosta dos spoilers.
SENADOR GUIOMARD — Agora é oficial: o Partido lançou em Senador Guiomard a pré-candidatura a prefeito de Adonay Brito, ex-assessor especial de governos petistas. Uma curiosidade: dois irmãos de Adonay foram pré-candidatos — ou cotados — nestas eleições: Alcy, ex-vereador, e o professor Avany Brito. O Avany, aliás, já deu aulas de matemática a este jornalista que vos fala. Um excelente e querido professor.
MUITA COISA SERIA DIFERENTE — Um dos soldados mais fiéis desse governo, que tem uma atuação muito forte no Progressistas, é o vice-presidente estadual Livio Veras. Com ele, missão dada é missão cumprida. Se esse governo tivesse mais uns três Livios, muita coisa seria diferente.
PERSEGUIDO — Não bastasse o crime ambiental de jogar lixo numa área proibida, quando todos os agentes públicos discutem o fim dos lixões, o secretário-adjunto Paulo Machado (Educação) ainda tem coragem para dizer que está sendo… perseguido. Sem comentários.
CONSERTAR O ERRO — Se tivesse se resumido a apenas consertar o erro, pedindo desculpas e tirando o entulho do local, teria melhor encerrado esse episódio.
PROBLEMA — Uma reunião que aconteceu com membros políticos na capital federal pode acabar com certos planos. Quando todos não ficam satisfeitos, é um problema.
BATE-REBATE
– Mais de 14 mil hectares, no Acre, tiveram destinação autorizada para reforma agrária (…)
– (…) Autorização veio do presidente Lula.
– Os médicos podem deflagrar greve a qualquer momento (…)
– (…) A informação é do sindicato local (…)
– (…) Já pararam pra refletir que os manifestos não possuem o mesmo barulho que os de antigamente? (…)
– (…) Excesso de informação ou falta de interesse?
– Em tempos atrás, uma greve como as da Ufac seria destaque diariamente (…)
– (…) Hoje, nem tanto.
– Um levantamento do site da Câmara de Rio Branco mostra que a maioria dos projetos veio da… prefeitura (…)
– (…) Enfim!
Boa semana!
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Fonte: OPalaciano