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Conjuntura: Porque Marcus Alexandre deveria ir para o PSD e não para o MDB



Muito tem se discutido na imprensa local e nas rodas de conversa de bar sobre o futuro de Marcus Alexandre na disputa eleitoral municipal do ano que vem. Depois que saiu do PT, dois partidos são os campeões de menções nas especulações de onde Marcus vai se filiar: MDB e PSD. Mas nem o próprio PT perdeu a esperança de tê-lo de volta.

O certo mesmo é que Marcus Alexandre é um cara inteligente e deve estar analisando tintim por tintim todos os prós e contras de estar em qualquer partido desses citados (ou até outros de fora dessa bolha) para disputar a PMRB contra um desgastado Tião Bocalom (PP).

Elenco a seguir três motivos pelos quais acredito que o Chame-Chame vai acabar nos braços do PSD, do senador Sérgio Petecão.

Ele sabe que mesmo com Lula na presidência, o PT ainda sofre uma resistência muito grande no Acre. É um estado ainda muito contaminado pelo bolsonarismo. Estampar a estrela vermelha por aqui é um ato de coragem e de quase suicídio político. Isso sem contar o sacrifício da última eleição, onde deixou escapar uma vaga quase certa da Aleac para embarcar na aventura vianista para o Governo;

Ir para o MDB seria duplamente constrangedor. Isso porque o partido, apesar de não ser dos mais à direita que temos no país hoje, no Acre sempre foi “inimigo” do PT, sua ex-sigla. Inclusive sendo berço para uma chapa 100% bolsonarista na última eleição. Não pega bem uma mudança de rumo tão drástica assim. Fora isso, ainda tem o imbróglio interno que é o MDB do Acre. As decisões são na base do grito e da “tratoragem”. Um verdadeiro quiprocó.

No PSD de Petecão, Marcus Alexandre encontrará quase tudo que precisa para vencer uma eleição: paz e unidade. O partido faz formalmente parte da base do governo Lula, o que não o afasta tanto assim das suas convicções ideológicas, ao mesmo tempo que o descola do PT e do voto antipetista, levando-o para o centro do espectro político nacional e local. Vai para um partido grande, maior do Senado por exemplo, com bom fundo partidário e eleitoral e com o apoio irrestrito de Petecão, presidente estadual da sigla e de Eduardo Ribeiro, presidente municipal. É, sem dúvidas, o melhor caminho a trilhar.

Mas como diria o fofoqueiro raiz depois de falar uma hora ininterrupta sobre a vida de alguém: “Mas quem sou eu pra julgar ou dizer pra onde ele deve ir?”

CURTAS

De volta – Depois de um tempo afastado das colunas políticas do Acre, estou de volta. Dessa vez, aqui em “O Palaciano”, site recém-inaugurado do meu colega também jornalista e colunista, Ton Lindoso. Nos encontramos aqui, na coluna Conjuntura, toda terça-feira. Conto com a leitura (e críticas) de vocês.

Jarude – No meio da confusão do MDB, ainda tem a questão de que já há uma pré-candidatura posta no celeiro emedebista para a Prefeitura de Rio Branco, a do deputado estadual Emerson Jarude.

Narrativa – Prevendo outra rasteira, assim como a que tomou de Mara Rocha na disputa pelo Governo do Acre no último pleito estadual, Jarude já começou a adotar uma linha de discurso de que está sendo “tratorado” pela sigla. Ao mesmo tempo que diz ter o apoio popular. É o jogo da política, ganha quem emplacar a narrativa primeiro.

Preterido – Se por um lado, Marcus Alexandre vem sendo disputado por três siglas, o atual prefeito, Tião Bocalom, não tem nem a garantia de que disputará a reeleição pelo seu partido, o Progressistas.

Severino – É que o partido já se movimenta pra lançar Alysson Bestene candidato a prefeito pela sigla. Alysson é uma espécie de Severino no PP, desde a eleição passado que o nome dele aparece em quase todos os cenários de disputa. Em 2022, não se concretizou. Será que dessa vez vai?

PINGA-FOGO

Qual será o destino partidário de Bocalom? PL ou União Brasil?

Thiago Cabral é sociólogo e jornalista. Pernambucano radicado no Acre há mais de uma década, aqui no estado passou pela Rede Amazônica (afiliada Rede Globo), quando foi chefe de reportagem, Agência S/A de Mirla Miranda e ContilNet, onde atuou como webrepórter e titular da Coluna Pimenta no Reino. Trabalha como consultor em comunicação política há mais de 10 anos, atuando no Acre e em Pernambuco.







Fonte: OPalaciano
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