Acre já registra casos das novas variantes da Covid-19, diz Saúde
Acre registrou dois casos da variante BQ 1.1 — Foto: BBC - NIAD-NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou, nesta quinta-feira (1º), que as novas subvariantes da Covid-19, BQ 1.1 e BE.9 já circulam no estado. Um relatório da Central de Saúde Pública do Acre (Lacen), emitido nessa quarta (30), aponta que foram identificados dois casos da linhagem BQ 1. 1 e quatro com a linhagem BE. 9.
As duas subvariantes são derivadas da Omicron. Seis pacientes com sintomas da Covid de Rio Branco, Sena Madureira, interior do estado, e de Boca do Acre, no Amazonas, fizeram exames no último dia 17 na capital acreana.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) informou que os pacientes tiveram sintomas leves e comuns da doença como: dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.
"As queixas são de sintomas leves, especialmente por quem já é vacinado, a gravidade tem se mostrado em pacientes não vacinados e com comorbidade. Também é preciso dar ênfase à transmissibilidade, que é mais elevada. Uma série de ações permite reduzir os riscos da transmissão da covid-19 e de outras doenças como a gripe e resfriados. Além do uso de máscara, medidas de higiene como a lavagem das mãos, o uso de álcool gel e distanciamento de pessoas sintomáticas contribuem para reduzir os riscos da infecção”, explicou a chefe do Cievs, Débora dos Santos.
A Sesacre destacou também que a principal recomendação contra a doença é estar vacinado com todas as doses da vacina. Gestantes, idosos, crianças de baixo peso, imunossuprimidos e portadores de comorbidades crônicas descontroladas deve redobrados.
Aumento de casos no Acre
Diferente de outubro, em novembro o estado acreano registrou um salto significativo com relação aos casos novos de Covid-19. O levantamento do g1 leva em consideração os dados diários da Secretaria de Saúde do estado (Sesacre), que mostram que só em novembro foram 4.219 novos infectados pelo novo coronavírus, fazendo os casos da doença chegarem a 153.975.
Já com relação a mortes, não houve registros e o número de vítimas fatais pela doença continuou 2.029.
O governo do Acre publicou, no dia 14 de outubro, um decreto que revogou a criação Pacto Acre Sem Covid, que determinava as regras e funcionamento do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 e, com isso, os boletins de casos novos da doença passaram a ser semanais. Porém, desde o dia 17 de novembro, isso mudou e, com o aumento dos casos, os informativos voltaram a ser diários.
Veja os casos novos registrados mês a mês no Acre
Janeiro de 2021 a outubro de 2022
Veja os casos novos registrados mês a mês no Acre
Janeiro de 2021 a outubro de 2022
Julho de 2021
● Casos de 2021 e 2022 : 1.585
● Casos de 2021 e 2022 : 1.585
Fonte: Sesacre
Nesta quinta (1º), após dois meses sem registrar óbitos por Covid-19, o Acre registrou duas mortes pela doença fazendo o número de vítima fatais subir para 2.031. A última vez que o estado acreano havia registrado morte pela doença foi em 15 de setembro.
As vítimas são um homem de 96 anos, que deu entrada no Hospital Raimundo Chaar, em Brasileia no dia 29 de novembro e morreu no mesmo dia.
A outra vítima da doença foi um adolescente de 15 anos, que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco no dia 29 de novembro e faleceu no dia 30, do mesmo mês. Ele tinha comorbidades como hidrocefalia e cardiopatia congênita.
A Saúde não soube informar se ele era vacinado contra a Covid-19.
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), informa que foram registrados 248 novos casos de coronavírus nesta quinta. O número de infectados notificados é de 154.223 em todo o estado, desde o início da pandemia.
O Acre registra 361.048 notificações de contaminação pela doença, sendo que 206.795 casos foram descartados e 30 exames de RT-PCR aguardam análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen). Pelo menos 150.393 pessoas já receberam alta médica da doença.
Variante BE.9
Segundo a Fiocruz, a BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, uma ômicron da linhagem BA.5. A subvariante compartilha algumas das mutações encontradas na última variante notável, a BQ.1
Os pesquisadores, contudo, reforçam o otimismo pelo fato de casos graves não acompanharem as curvas de contágio. Por enquanto, nenhuma das duas parece provocar o aumento relevante de hospitalizações e mortes.
Fonte: G1Ac