Mazinho Serafim. Foto: Arquivo/ContilNet
Em novembro de 2021, o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) condenou o prefeito de Sena Madureira Mazinho Serafim à devolução solidária de mais de um milhão de reais. Em janeiro, o TCE volta a investigar o gestor; e as contas da sua gestão, referentes ao ano de 2018, foram consideradas ‘irregulares e com ilegalidades’. Mas engana-se quem pensa que Mazinho está preocupado com isso. Quer acabar com manifestações na base da ‘ripada’, agredir membros do parlamento mirim da cidade e desferir ataques em suas redes quando se sente ameaçado. Mazinho foi condenado pelo TCE por não comprovar despesas com a empresa contratada para recolhimento do lixo da cidade. E foi, justamente, esse o assunto que voltou à tona, com denúncias envolvendo a forma como a coleta de lixo é realizada na cidade: condições insalubres, profissionais sem máscaras, veículos sucateados e contato direto com detritos. Com as denúncias repercutindo e a população querendo respostas, Mazinho foi para as redes, e não foi para prestar esclarecimentos à população: desferiu ataques pessoais e recebeu aplausos de meia dúzia de aliados. Recuso-me a achar que a população – tratada na base da ripa – aplaude um prefeito com esse perfil. O valor total da multa aplicada a Mazinho é de R$ 1.090.400 (um milhão noventa mil quatrocentos reais), que deveria ser pago em 30 dias, contados de 8 de outubro. O Superbid, marketplace que conecta compradores e vendedores em uma plataforma, diz que, em média, “caminhões compactadores de lixo a venda custam em média de 90 mil a 200 mil reais em estado novo”. Considerando o maior preço, Mazinho poderia comprar, com o valor condenado a devolver, cerca de 5 desses, novinhos, para a cidade. Espero que essa seja, um dia, a preocupação do prefeito, que nem quando quer eleger-se deputado federal se mostra preocupado com a população. Enquanto isso, ficamos com as ripadas, denúncias de corrupção, acusações de agressão e polêmicas do representante do povo que adora um barraco, mas tem memória seletiva.Fonte: ContilNet