Estudo diz que AC não está preparado para eventos climáticos extremos, mas criação do IMC é ponto positivo
Foto: Marcio Pimenta
Os dados apontam que as unidades da federação não possuem sistemas de alerta ou planos de contingência permanentes para eventos caóticos, como inundações, secas, incêndios florestais e ondas de calor.
A Amazônia Legal é composta por Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão.
“Preocupa a ausência de informação sobre a existência de protocolos para planos de contingência e sistemas de alerta nos nove estados. Diante da frequência e gravidade de eventos climáticos extremos no país, é algo que deve estar estruturado de forma permanente, e não apenas ocasionalmente”, diz trecho do estudo.
“Os estados têm um monitoramento [dos incêndios], na maioria deles baseado nos dados do Governo Federal, mas não existe plano de contingência. Quando o fogo sai do controle, as pessoas não sabem o que fazer. Geralmente elas esperam os brigadistas chegarem, mas esses brigadistas são contratados temporariamente, então, o que fazer se esses profissionais não estão disponíveis? Quais são as orientações para a saúde, por exemplo, para diminuir intoxicação?”, questiona a pesquisadora Jéssica Botelho em entrevista ao site Eco.
Mesmo em cenário não tão positivo, o Acre ganhou destaque por criar o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) como autarquia subordinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). O órgão é comandado pela professora Degmar Kinpara, que ascendeu ao cargo ainda este ano, por escolha do governador Gladson Cameli.
“Em relação à governança, o trabalho mostrou que 8 dos 9 estados avaliados têm departamento próprio voltado para o tema, entre coordenadorias, diretorias e superintendências. Destaque para o Acre, que criou uma autarquia subordinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais”, finaliza.
Fonte: ContilNet