Polícia cumpre mais de 50 mandados no AC e em mais 2 estados em operação contra grupo criminoso
Foto: Arquivo:Polícia Civil
No Acre foram efetivadas prisões em Epitaciolândia, Sena Madureira, Manoel Urbano, Bujari, Rio Branco e Senador Guiomard. Cinco pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Além do Acre também foram cumpridos mandados no Mato Grosso do Sul que teve três pessoas presas e e São Paulo que resultou em mais duas prisões, onde foram cumpridos 9 mandados ao todo.
As investigações corriam há pelo menos um ano. A operação foi desencadeada por meio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), com apoio do Departamento de Inteligência (DI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através do programa Vigia, e das Policias Civis dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.
"A operação tem como foco aqueles integrantes de organizações criminosas que tem uma atividade peculiar que é a arrecadação, seja de terceiros, através de extorsão, seja também de outros integrantes de organização visando o funcionamento da própria organização criminosa. Sabemos que estas organizações trabalham além de uma arrecadação advinda da própria atividade criminal, elas também tem um financiamento que é advindo de integrantes, vamos dizer o pedágio que também trabalha em extorsão de terceiros", explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Josemar Portes.
Foto: Arquivo:Polícia Civil
Operação
Durante a operação também foram apreendidos materiais de mídia, droga arma, munição e material para embalo do entorpecente, além de celulares e balanças de precisão que devem ser utilizados para dar andamento às investigações.
"Esse trabalho mostra a nossa missão constitucional de investigar, de estar de forma silenciosa reunindo elementos para que hoje pudéssemos chegar a este resultado. Tem muito trabalho ainda a ser feito e é um trabalho diuturno de também atacar o núcleo financeiro, buscar asfixiar, identificar aqueles que exercem função de liderança dentro da organização criminosa. A partir do que foi coletado hoje, vamos ter mais elementos de convicção para continuar a investigação com esse foco", disse o delegado Felipe Martins, coordenador Da Draco.
Conforme o delegado, estes recursos eram utilizados para poder adquirir mais recursos para a própria atividade criminosa, como também para manter algumas pessoas que encontram-se presas e fazer com que sempre tenham recurso até mesmo para comprar drogas.
A extorsão era feita tanto dentro da organização como também a comerciantes.
"Também tem essa modalidade buscando imprimir terror e medo fazendo com que a pessoa pudesse pagar. Sem contar a própria arrecadação interna da própria organização. Então, estas pessoas atuavam nestas duas frentes tanto tentando extorquir pessoas de bem quanto fazendo cobrança interna", explicou.
O nome da operação Zaqueu faz referência ao personagem bíblico de mesmo nome arrecadador de impostos em Roma, era o chefe dos arrecadadores de impostos chamados publicanos.
Fonte: G1.globo